AMANDA

Tanto ele fez, tanto correu atrás dela que podemos dizer que ele venceu pelo cansaço. Ela menina calminha, de família e de igreja. Ele, bom, ele menino de sair com os amigos, tomar cervejinha, e aproveitar melhor a vida. Mas eles queriam ficar juntos, então resolveram tentar.

Início de namoro tudo as 1000 maravilhas, ela se sentindo a Alice e ele o Chapeleiro guiando ela. Tudo novo para ela, namorado novo, e de certa forma, para quem nunca teve uma pessoa tão presente assim, uma vida nova. Apesar das gritantes diferenças entre eles tudo estava indo bem, até que um dia...

Um dia ele se cansou de ter que mudar sua vida, de abrir mão das coisas do que sempre fez e gosta e começou a ser grosso, a sair escondido, e fazer sabe-seláoque por aí. Começaram a brigar e brigar e brigar, ela resolveu terminar. Os que eram próximos a ela se orgulharam, por achar que não teria essa coragem, pois ao mesmo tempo em que para ele era abrir mão de muita coisa, para ela era conhecer novas coisas.

Ela chorou e chorou e chorou, estava apaixonadíssima, não comia direito, não dormia e ficava mal a maior parte do tempo. Ele ria, voltava à normalidade de antes, e pensava como tinha ficado tanto tempo sem isso (esse isso engloba tudo que passar pelas vossas cabeças). Daí o tempo passou, ela enxugou as lágrimas e ficou bem. Aí ele foi e apareceu de novo, “maldito” pensaram as amigas dela. Ele pedindo para voltar, dizendo que não ia fazer mais, se redimindo e chorando, ela pensou, conversou com as amigas e chegou à conclusão de que gostava dele, e caso os fatos se repetisse ela já estaria vacinada, ela quis assumir os riscos.

Não durou um mês ele fez de novo, os mesmo erros, aí ela deu um chega para lá nele com o sorriso nos dentes e a sensação de dever cumprido, por que mesmo não tendo dado certo ela tentou, e isso já valeu a pena. Doeu para ela, mas não doeu tanto como da primeira vez.